Manhã de sexta-feira
Manhã de sexta-feira seu café, minha chaleira
Sempre nós a noite inteira
Dispensando brincadeiras
De acordes e boleros
Teus beijos de sabor de caramelo
São noites de cafuné
De você eu não arredo nem movo um pé
De nós sempre nos amassos
De cada um no seu compasso
Respeitado a métrica e a rima
Como rio correndo ao mar
Respeitando a intensidade
De quem sabe rimar, jogando palavras fora
Como se isso tudo nunca fosse acabar
Mas sentindo seu cafuné
Sentindo tudo resetar
Tudo do início sem hora para parar
Nossa história é ritmo e poesia
Com os toques dos arranjos
Fazemos nossa música, nossa melodia
São noites de estrago
Te trago, tu vens, é minha
De você eu não mudo nem movo um verso
Escrevi sobre você e perdi as linhas
Amanheceu, acorda
Trouxe-te café da manhã
Fiz uma dose de poesia
Misturei com teu chá de hortelã
Vontade de ficar na cama
Deitados, o lençol bagunçado
Que cronos descansasse um pouco
Deixar tudo de lado
Tenho que ir embora agora
Mas eu te ligo as 20:00hrs para gente se vê.