Chuvas esperadas
quando a noite avança
pelo caderno
vírgulas deixam-se ficar
verbos se abraçam
a caneta fica sem jeito
toca aquela música
montanhas se encaram
o pulso por um fio
acho tão bonito
das mortes
essa seria impecável
dobravam-se no vinco do papel
como quem vicia
as linhas