Uma brisa de ilusão
Uma brisa de ilusão
Sopra uma brisa de saudade nesta abóboda vetusta esculpida
Uma aragem suave numa pedra robusta que a toca dorida
Uma carícia de vento no meu rosto expectante com os olhos em sentinela
Uma delícia de momento que me embeleza a semblante calado à janela
Todo o rosto é belo quando a ilusão é vivida em ternura e intensidade
Um castelo bem murado num coração que vive a loucura como pura realidade
Mas com se pode tirar a conclusão que o meu pensamento é delirante
Se na verdade um sonho muito desejado pode ser realidade a qualquer instante?
Porque vagueio no sonho acordado por entre as rugas dos linhos de acolhimento?
Porque sinto os teus carinhos num passeio atordoado por entre o sentimento?
Porque caminho no escuro cansado onde te procuro sabendo que não te encontro na imensidão?
Porque escuto a minha mente enfeitada pela emotividade da ilusão?
Porque me perco na minha nudez inocente e na tua perdição?
Talvez o calor do amor no silêncio da imaginação não me responda a qualquer questão, não
Luísa Rafael
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Porto, Portugal