DIVINA PAZ


Cinzenta cai a tarde.
Tempestade ameaçadora
Qual monstro enfurecido
Ronca lá fora.

Do profundo mar do inconsciente
Emergem feras famintas.
E em seu uivar cortante
Rangem os dentes
Ávidas por devorar-me a entranha.

Com as armas da esperança
Tento sufocá-las confiante
No mais profundo abismo da existência.

Passada a tempestade
Brilha o sol já no poente
E cai a paz serena e calma
Em minha alma abençoada.