Lágrimas aveludadas

Lágrimas aveludadas

Quantas cadeiras paradas de esperas

Almofadadas por veludos de quimeras

Viveram escuros de desalento

Desbotadas pelas lágrimas do tempo

Quantas sentiram o peso das noites vazias

Acolchoadas em plumas leves e sombrias

Aconchegos carinhosos de segredos

De rostos desvanecidos em emaranhados cabelos

Quantas sentiram as ausências das distâncias

De olhos pensativos perdidos em relutâncias

Baloiços indecisos de dores e apelos

Quantas segredaram aos ouvidos esperanças em amores e fantasias

A almas aprisionadas nas feridas das saudades

Que se embalavam nos gemidos e gritos das fragilidades!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 18/12/2022
Código do texto: T7674727
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