VERME
VERME
Vamos rir das graças
Vamos chorar das desgraças
Tudo tão limitado por momentos
Do êxtase ao desencanto
Em minutos segundos horas
Ora bolas
Essa é a existência
Da excrescência à excelência
Apenas um passo
Ainda mais agora no ciberespaço
Em que o tempo é destempero
Nuances de desespero
Busca incessante de tudo e nada
Loucura desmedida
A caminho da cilada
Que se apresenta a cada instante
Nada será como antes
A saudade está morta
Não há tempo para senti-la
O inexistente existe
É chiste
Dos que aqui sobrevivem
Na irrealidade que os cerca
Em que tudo é merca
Que se enterra na vala
No verme certo da retirada