Nunca é tarde

Para amar ou surpeender

Para brindar ou se esconder

Para chorar ou renascer

 

Às vezes é apenas cedo demais

Para deixar simplesmente acontecer

Se entregar ou padecer

Cedo demais pra receber

 

Eu tenho que entender tudo isso,

Que não posso me jogar num precipício 

Que amar demais é só capricho

É um tolo efeito do feitiço 

 

Aliás, eu tenho tantas coisas para entender

O motivo de eu amar o que é você 

O porque de eu tanto lhe querer

Eu preciso sem demora lhe esquecer

 

 

*baseado na poesia de Caio Fernando de Abreu