Quando olho para trás
Quando olho para trás
Vejo a dor se aproximando
Ela anda suavemente até mim
Coloca as mãos em meus ombros
E proseando, diz o que estou cansado de saber
E num piscar de olhos
O medo também se achega
Um em cada lado
Susurrando uma canção demasiada triste
Fazendo questão de lembrar tudo aquilo que eu queria esquecer
Ela transporta-me para o passado
Não tão longínquo
Onde a preocupação e responsabilidade nunca foram meu forte
Onde o amor só existiu escrito no dicionário
Me vejo ali, ludibriado, sobrevivendo em um caos
Algumas cores e rosas me cercam
Mas piso em todas elas
Perambulando...
Aquele sentimento desce quente em meu rosto
Uma aflição apunhalada
A dor e o medo agora de mãos dadas
E uma certeza que talvez tudo tenha que ser assim...