A PRIMEIRA MULHER

A primeira mulher segreda oráculos

A samambaias e gerânios surdos

Como que atenta a deixas do destino

Mais viva que os caprichos da estação

A segunda mulher fala com cães

De nomes mais ridículos que um flato

Ou pronunciamento de juiz --

A tarde ladra sem razões que a aflijam

A terceira virá sem cães ou plantas

Na noite de esperanças petulantes

A sussurrar seu nome aos poucos anjos

Errantes nesse instante sem fortuna

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 14/12/2022
Código do texto: T7671833
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