A PRIMEIRA MULHER
A primeira mulher segreda oráculos
A samambaias e gerânios surdos
Como que atenta a deixas do destino
Mais viva que os caprichos da estação
A segunda mulher fala com cães
De nomes mais ridículos que um flato
Ou pronunciamento de juiz --
A tarde ladra sem razões que a aflijam
A terceira virá sem cães ou plantas
Na noite de esperanças petulantes
A sussurrar seu nome aos poucos anjos
Errantes nesse instante sem fortuna
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