Sou talvez aquela

Sou talvez aquela

Que em noites

Tardias

De estrelas cadentes

Em pensamentos

Dormentes

Despias

A luz

Dos teus poentes

Que descia

Dos céus

E te abraçava

Em dias quentes

E não te apercebias

O mar revolto

Que te deixava

Louco

De paixão

Perdido na espuma

Da sedução

E que tanto querias

Sou talvez

O livro

Dos poemas

Das tardes

Serenas

Que não lias

A música da tua vida

Nesta alma despida

Numa partitura

De linhas de magia

Numa sentida

Loucura

E que tu adormecidas

Sou talvez eu

A mulher

Que desejavas

Que beijavas

No leito

Ancorada ao teu peito

E tu

Não sabias

Sou talvez

O teu sonho

Perfeito

Em noite escura

E tu

Insatisfeito

À procura!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 14/12/2022
Código do texto: T7671752
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