O encontro
O encontro
Por entre as ruas cinzentas caiadas de monotonias
Duas almas sedentas enlaçadas de magias
Beijam-se perdidas na penumbra da imaginação
Em paredes escondidas pelo nevoeiro que inunda a escuridão
É assim que te sonho no encontro marcado pelo destino
Com o teu olhar rasgado de Outono e vento ligeiro a abrir caminho
O toque macio dos lábios de quem nunca de mim se perdeu
Ainda que o sentimento tenha tido enfim o afastamento do céu
Por isso vagueio nas sombras da noite enluarada
Olho o chão por onde passeio o pensamento na calçada
Pouso os olhos com o batimento do coração e por lá não vejo nada
Apenas o desejo me move nesta ilusão de luz apagada
Uma noite que me seduz com as estrelas da paixão cintilantes
Num firmamento com astros em explosão na celebração aos amantes
Luísa Rafael
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Porto, Portugal