Fim de Linha

Caminhos que trilho ...

Coração: eterno andarilho,

Em becos, ruas e vielas

Sem saber a direção !

Rumo ao desconhecido...

Sem lampiões, sem lanternas, sem velas...

Apenas a infindável escuridão!

Equilibrando-me entre emoção e razão,

Os pensamentos vão parindo filhos...

A mente vai armando os gatilhos ...

E misturam-se a realidade e a ilusão !

É tudo tão confuso,

Que do nada eu surto ...

E prefiro a implosão à explosão !

As setas apontam o caminho

E os pássaros fogem dos ninhos

Procurando novos céus!

Mesclando mel e fel,

Qual seria o sabor ?

Vou perguntar ao beija-flor

Se ele sabe a resposta.

Sinto-me tão exposta...

Corpo e alma sem vestes!

Quem tem o olhar sagaz

Enxerga meu eu profundo

Cada vez mais e mais

E, inocente, me lança proposta:

Vamos fazer um teste?

"Escolha entre o algodão e o chumbo!"

A mais uma prova sucumbo...

Fecho os olhos e aceito o desafio!

Minha vida por um fio!

Pelas frestas espio

E no purgatório expio!

Sigo para o céu, desço ao inferno

Ou volto para a terra?

Mais um ciclo se encerra

E outro recomeça!

Junto peça por peça...

Algumas não se encaixam!

Não sei o que fazer...

O tempo está acabando!

Sigo definhando...

As partes se rechaçam

Fim de linha... vou fenecer!

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 13/12/2022
Reeditado em 13/12/2022
Código do texto: T7671313
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