Fim de Linha
Caminhos que trilho ...
Coração: eterno andarilho,
Em becos, ruas e vielas
Sem saber a direção !
Rumo ao desconhecido...
Sem lampiões, sem lanternas, sem velas...
Apenas a infindável escuridão!
Equilibrando-me entre emoção e razão,
Os pensamentos vão parindo filhos...
A mente vai armando os gatilhos ...
E misturam-se a realidade e a ilusão !
É tudo tão confuso,
Que do nada eu surto ...
E prefiro a implosão à explosão !
As setas apontam o caminho
E os pássaros fogem dos ninhos
Procurando novos céus!
Mesclando mel e fel,
Qual seria o sabor ?
Vou perguntar ao beija-flor
Se ele sabe a resposta.
Sinto-me tão exposta...
Corpo e alma sem vestes!
Quem tem o olhar sagaz
Enxerga meu eu profundo
Cada vez mais e mais
E, inocente, me lança proposta:
Vamos fazer um teste?
"Escolha entre o algodão e o chumbo!"
A mais uma prova sucumbo...
Fecho os olhos e aceito o desafio!
Minha vida por um fio!
Pelas frestas espio
E no purgatório expio!
Sigo para o céu, desço ao inferno
Ou volto para a terra?
Mais um ciclo se encerra
E outro recomeça!
Junto peça por peça...
Algumas não se encaixam!
Não sei o que fazer...
O tempo está acabando!
Sigo definhando...
As partes se rechaçam
Fim de linha... vou fenecer!