Teus Olhos Soberanos
Teus olhos azuis tão escuros
De um índigo oceano profundo
Rasgado olhar por desvendar
Vivências passadas e mistérios
Parecem nunca se perturbar
Com as agruras deste mundo.
Mas não são frios os teus olhos
São de uma espiritual alegria
Emersa no longínquo infinito
Presa à luz morna de nenhum dia,
Mas de todos os dias lá do Alto.
Nesse teu lindo olhar de anjo
Também há céus de chuva
Que choram perante a turva
Sensibilidade tão espúria
E de ignomínias em fúria
Nada posso quando assim os vejo.
Que soberanos são os teus olhos.