Flores despetaladas
Flores despetaladas
Não devemos ser demasiadamente bondosos
Há sempre quem ao nosso lado tenha efeitos perniciosos
Egoístas satisfeitos que nos sugam as energias
Roubam o sol dos dias eleitos das nossas alegrias
Não devemos oferecer a inocência a quem dela se aproveita
Nem todos vivem em permanência com a moralidade perfeita
Nem sempre toda a gente quer a nossa felicidade ou nos quer bem
Nesta vida competitiva em que a amizade e o amor é terra de ninguém
Quantas flores perfumadas de belas aparências
Douradas pelas luzes amarelas soalheiras
Sofreram dores caladas com gritos de resiliências
Entregues aos sabores dos ventos em silenciadas poeiras?
Quantas flores foram despetaladas por amores enganadores que nunca existiram?
Elas apenas queriam ser amadas com os seus aromas sedutores e nada exigiram!
Luísa Rafael
Direitos de autor reservados
Porto, Portugal