AINDA VIVER
A pele do velho insere trilhas,
Caminhos sem volta
Mas para que voltar ?
A terra que brotava vida,
Hoje um longo passatempo
Uma espera demorada.
Ainda viver,
Sem lembrar do tempo sem volta.
É dar um nó em si mesmo.
A voz incessante é intrigante
Nem o gigante do modernismo
Trouxe a lapidação do passado.
Um vulto na rebeldia
Que esquece os dias antigos,
como uma garganta que não mais exala a voz.
A memória dos antepassados
Para muitos ultrapassados.
O velho ensina
A velha sina.
Ainda viver.