AINDA VIVER

A pele do velho insere trilhas,

Caminhos sem volta

Mas para que voltar ?

A terra que brotava vida,

Hoje um longo passatempo

Uma espera demorada.

Ainda viver,

Sem lembrar do tempo sem volta.

É dar um nó em si mesmo.

A voz incessante é intrigante

Nem o gigante do modernismo

Trouxe a lapidação do passado.

Um vulto na rebeldia

Que esquece os dias antigos,

como uma garganta que não mais exala a voz.

A memória dos antepassados

Para muitos ultrapassados.

O velho ensina

A velha sina.

Ainda viver.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 06/12/2007
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