O PORQUÊ (P)
Manhã, o dia nascia.
Parecia-me como uma poesia,
Era como razão de amar,
Os abstratos que doíam,
O palhaço e as crianças riam.
Meu ser pasmado com a lua
Que a insinuar brilhava
E havia uma desordem na rua,
Quem pode em um simples olhar
Ser um observador minucioso
E ver a paz no meu lar
E a poesia rimar com amor de alma?
A causa foi resolvida
Num papel almaço,
Fez-se um traço
Para direcionar em alto-mar
O navegar preciso, a carta.
Viver não é preciso!
Meu mundo dá-me os sinais
Que são dores colossais
E tanto os meus ais
Como tilintar de cristais,
Só porque fui ferido pelo amor...
Agora ando perdido
Nesta paixão perfumada,
Sem medida, com perfume de flor.
Sednan Moura