Teias
A aranha que caminha sobre
a cabeça do sopitado,
lançado ao leito fundo
de espuma e cansaço delirante,
Segue pelas sombras mistas
do sonho acorrentado
pelas tardes burocráticas
e noites desgastantes.
Ao despertar do sono ágil
vai cumprir seus afazeres
sob a calma do aracnídeo
Que aguarda pacientemente
o retorno do dormente
às celas do presídio.