Teias

A aranha que caminha sobre

a cabeça do sopitado,

lançado ao leito fundo

de espuma e cansaço delirante,

Segue pelas sombras mistas

do sonho acorrentado

pelas tardes burocráticas

e noites desgastantes.

Ao despertar do sono ágil

vai cumprir seus afazeres

sob a calma do aracnídeo

Que aguarda pacientemente

o retorno do dormente

às celas do presídio.

Eduardo Becher
Enviado por Eduardo Becher em 10/12/2022
Reeditado em 10/12/2022
Código do texto: T7669150
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