Dissuasão
Povoam meus sonhos, indecentices.
Como se o impreterível me acalcanhasse
É como se eu fugisse e acontecesse
Coisas impossíveis e muito improváveis.
Não posporia eu, a incerteza do amor.
Para abluir- me num charco insólito
Por mais que o juízo me clamasse
Eu não consideraria esse estranho grito
Acolitar os sonhos, é, as vezes,
Arriscar a própria vida
É deixar de lado a certeza
E evocar uma mofina esquecida
Se o impossível se faz conspícuo
Não o sigamos nem o divisamos
Mais importante é a realidade
Do que aquilo que sonhamos
Tal farei o que esta noite sugere?
Não deixarei meu amor na solidão!
Porventura o que dormindo sonhamos,
deixaríamos descer ao coração?