De volta para o mar.
Certa vez alguém ditou ao meu pé de ouvidos tal frase por demais amedrontadora.
Num certo instante de intensa e medrosa iniciativa de partida fui chorar no meu secreto quarto,
compartimento solitário de sonhos guardados e preservado para profundas meditaçoēs.
Havia um ultimato para desatar as amarras e sair rumo a outras paragens,sem o colo colorido de meu torraõ natal.
O fiz num momento onde preservei cada sorriso perpetuado nos bancos de colégio.
Deixei minhas vestes de adolescente nos ultimos bailes da saudade onde guardei no carinho de minha biblioteca a flor adormecida nas páginas de um livro que descrevia a pureza do amor.
Meu barquinho já navega para onde o arco ires contorna as curvas determinantes de um irretorno naõ programado por ninguém,é que o leme se desprendeu, as coordenadas agora segue os ponteiros do relógio que tem pressa de chegar a muitos lugares.
Quém sabe durante essa curta ultapassagem de épocas e corajosos desapegos possa encontrar as asas abertas de um novo eu, voando na dirçaõ de praias tranquilas onde escreverei uma nova história.