De volta para o mar.

Certa vez alguém ditou ao meu pé de ouvidos tal frase por demais amedrontadora.

Num certo instante de intensa e medrosa iniciativa de partida fui chorar no meu secreto quarto,

compartimento solitário de sonhos guardados e preservado para profundas meditaçoēs.

Havia um ultimato para desatar as amarras e sair rumo a outras paragens,sem o colo colorido de meu torraõ natal.

O fiz num momento onde preservei cada sorriso perpetuado nos bancos de colégio.

Deixei minhas vestes de adolescente nos ultimos bailes da saudade onde guardei no carinho de minha biblioteca a flor adormecida nas páginas de um livro que descrevia a pureza do amor.

Meu barquinho já navega para onde o arco ires contorna as curvas determinantes de um irretorno naõ programado por ninguém,é que o leme se desprendeu, as coordenadas agora segue os ponteiros do relógio que tem pressa de chegar a muitos lugares.

Quém sabe durante essa curta ultapassagem de épocas e corajosos desapegos possa encontrar as asas abertas de um novo eu, voando na dirçaõ de praias tranquilas onde escreverei uma nova história.

Léa Silva
Enviado por Léa Silva em 09/12/2022
Código do texto: T7668299
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