No Mar...
Lavam-me as palavras
como as ondas lavam a areia...
Lanço ao vento meu canto
para que notes a tua sereia...
Meus olhos verdes
faíscam à procura dos teus,
na orla de ponta a ponta,
mas a noite te esconde dos meus.
Na solidão do meu mar
o meu coração que se fecha,
por medo ou glória de amar,
volta às águas escuras feito uma flecha...
E nessa irreal realidade soturna,
sou eu, apenas uma sereia noturna!