Ao sabor do vento

Ao sabor do vento

Como é bom tocar o horizonte numa alvorada nua

Fazer a ponte com o céu ao som da madrugada pura

Sentir o poder de tirar os pés do chão e levitar na altura

Como um corpo que flutua lés a lés numa inspiração enfeitada de loucura

Deixar-me ir num balão embalado pelo vento que docemente me acaricia

Tal como na vida o coração vive aconchegado com o sentimento que me delícia

Sentir os olhos desfocados pousados na imensidão do infinito

Corpos emocionados dançam em exaltação neste véu azul tão bonito

No firmamento balançam cestos de balões de ar quente coloridos

Num movimento lento com sensações de pontuados garridos

Como ilusões e sonhos acordados que jamais pensaria vividos

E quando em viagem a visão se debruça no parapeito deste recanto de magia

E balouça por entre a nudez dos rochedos e o encanto da vida que rodopia

O meu peito enche satisfeito com a avidez dos segredos da paisagem da Turquia

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 07/12/2022
Código do texto: T7666648
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