ROUBADORES DE CORAÇÕES

Meu Deus... Não sei mais... Que faço?

Perdi meu primeiro amor!

Que grande e terrível dor!

Perdia-a por entre os espaços!

Aquele rosto tão lindo,

Perdi-o sem perceber isso.

Neste momento propício

Confesso a perda, não minto!

O meu laço estava frouxo...

Procurei-a em todo o canto:

Da Zona Sul até Babi

E de Babi até Recantus.

Essa ladra, bem amada,

Não foi vista em S. João.

Essa ladra, bem ingrata,

Roubou até meu coração!

Será que a viram na Prata,

Talvez com meu coração?

Talvez a viram na praça...

Talvez uma busca em vão!

A minha vidinha agora

Apresenta tal dilema:

Da Baixada a Ipanema,

Saí assim mundo afora...

Em Ipanema não estava...

Procurei-a novamente,

Por entre mundos e gentes

Até parar na velha Cava!

Ao olhar meu desespero,

Me deram um rumo certo:

- Tua linda está por perto!

(Dito isso com certo medo!)

No receio de seu olhar,

Fitei-lhes este segredo

(A arrancar os meus cabelos!...):

- Minha amada... no altar?!

Me senti meio sem costela;

Me senti um outro Adão:

Ela roubou meu coração,

E o tal homem roubou o dela!