SONHOS

Olho para o interior desse mundo mesquinho e sem escrúpulos

Doem as entranhas do meu ser estático, letárgico... Morto

A impotência nos leva as trevas, ao conforto entediado e sem gosto

A ilusão de ser um mísero umbigo o centro maior do universo

Faz-me sentir vergonha dessa raça a qual faço irrelevante parte

Queria poder abandonar esse mundo e voar para a Terra do Nunca

Voltar a ser criança... Imaginar-me voando ao pó de prilimpimpim

Amiga das fadas, dos seres e amante de todos os imponentes príncipes

Terra essa onde as crianças são apenas crianças... Leves, soltas, livres

Mas a Terra do Nunca é apenas um utópico desejo de um insignificante ser

Que se arrasta nas frestas de luz que teimam em nascer nas trevas

Tentando dar esperança a crianças que sonham com essa tal Terra

Seja do Nunca, seja do Nada. Terra onde o amor é apenas acalento

Terra do SIM a todo o momento. Da paz, da amizade e sem tormento

Sonhando quem sabe não ensinamos ao mundo pequenos sentimentos

Kamilla Borges
Enviado por Kamilla Borges em 06/12/2007
Reeditado em 06/12/2007
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