Mulher fada

Mulher fada

Limparei as poeiras cansadas da consciência em pó depositadas

Para que se soltem alheias em irreverência das suas camadas

Que as janelas se abram ao perfume que me inunda alegremente com subtileza

E elas saiam apressadamente com o aroma desta profunda limpeza

Que os bolores sejam removidos com os seus cheiros

De amores perdidos por entre as estradas com nevoeiros

Que venham outros acolhidos em recantos limpos soalheiros

E aos poucos que a vida traga os encantos de dias faceiros

Neste Natal serei como uma fada com a varinha de condão

Num voo celestial tudo será luz brilhante por entre a escuridão

Com toda a rapidez limparei este meu desarrumado antro dos dissabores e paixão

Serei esvoaçante sem medo das dores e de tirar os pés do chão

Serei sempre o que sinto e toda a minha forma de expressão

Sujo ou limpo, Natal ou não serei eternamente a liberdade ao comando do coração

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 05/12/2022
Código do texto: T7664977
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.