Soneto de Ano Novo
Soneto de Ano Novo
O novo ano que nas luzes reflete não é mais nada para além do próprio dia
Acorda como os demais com o raiar da alvorada que me promete alegria
Descansa no parapeito da janela o coração que sempre lhe deu a cordial saudação
Aconchegado no peito quente com a melodia instrumental do amor em pulsação
Celebro a vida com o que me passa docemente pelos olhos atentos
Levo comigo no calor de cada partida a alegria e os lamentos
Porque cada passo que dou é feito de progressões ou decididos recomeços
Num abraço perfeito com as emoções, realizações e os pretendidos apreços
E assim sempre que no calendário se assinala uma noite especial com fogo de artifício
Em que se vira a página oficial do fadário e do suplício
Eu continuo persistente o caminho do presente com os olhos pousados numa linha ténue infinita
Com a semente da esperança que o verdejante olhar balança suscita
Pretendo um pouco de tudo de bom a cada amigo e aos que ancoraram e fizeram abrigo no meu coração
Aos que estão comigo lhes desejo que Deus os abençoe e ajude na saúde, paz, e amor em celebração!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal