GLADIADORES DE ADRIANÓPOLIS
Numa bela cena, quase do passado,
A lembrar a Roma bem antiga,
As multidões juntas, aglomeradas,
Vibrando, aos gritos, alucinadas,
Os cavaleiros a correr com as bigas.
O homem trota num rápido passo,
Seguido por um que logo o intimida...
Na melhor volta que já fez na vida,
Com a loirinha, linda, do seu lado,
Deixa o inimigo a chorar pra trás!
Outro competidor cedo o alcança...
Um automóvel bem rápido contra
A grade, desastrosamente o lança.
Mas o homem da corrida as redes toma
E da morte se livra uma vez mais!
Emparelha-lhe uma moto homicida...
Com a chibata em mãos segue veloz...
Incentivado a correr pela linda voz
De sua namorada, que entusiasmada
Diz: – vá imponente, os aterroriza!
Inspirado pela voz do seu amor,
Sua destreza engana até a polícia.
Como alento que traz na face a brisa,
A emoção de gladiador lhe dá vida,
Contagiando o povo com seu valor!
“Bradar do peito o grito de vitória!”,
Soberbo pensamento de sua mente...
Será que aquela gente isto lhe entende:
Passar por cima de qualquer temor
E obter de Roma os lauréis da glória?