Espaço

Não temo o vazio.

Temo o vácuo.

No Espaço, perderia eu a pena.

Sim..., as duas.

A que tenho nas mãos...

E a que carrego no peito.

Sentir-me-ia, ...talvez..., leve como há muito não sinto.

Mas é que lá, a pedra e a pena têm o mesmo alcance.

Já aqui..., a última me permite voar...

E a primeira..., pousar.

Desculpe-me!

Não estou habituado ao amor.

Embora estejas ao meu lado..., sinto tua falta.

Tendo o real..., desejo a imagem.

Navego seguindo as correntes que me “guiam” e aprisionam.

A razão do astrolábio já não diz onde estou.

A bússola já não aponta aonde ir.

Perdido estou sobre quem sou e o que realizar.

Essa (é) a angústia de(o) existir.

Ao Espaço as conjecturas!

Guiar-me-ei não pela posição das estrelas...

Nem pelo magnetismo da Terra.

Doravante, orientar-me-á...teu olhar!

Ipatinga, 2 de dezembro de 2022.

Anderson Aquiles
Enviado por Anderson Aquiles em 02/12/2022
Código do texto: T7663124
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.