Gente da Minha terra
É a terra da avó Julieta
Com sonhos de grandeza
Que voará com o som da borboleta,
Outrora é a terra do Samora
Do cão tinhoso que é, diz assim
Ungulane na benção do Don Sungulane.
É a terra do Mondlane
Que queimou com a escandarinha
Na lenha da Paulina Chiziane, dos
Fintabolistas do prédio, nascia nos becos, Eusébio.
Do nascer da terra
Opunha o meu bairro
Aos restantes bairros da Beira,
Ai, nasciam os Urias apelidado de Simangos.
Dos poetas aos pintores
Que constroem vidas em linhas de flores,
Do susurar da capulana, vinha a inspiração
Do Malangatana.
Daquela linda velhinha, que leva ao colo
Uma criancinha, ao son da marrabenta
Dançava do Xigubo do José Craveirinha.
Do fio das missangas que o gato roubou,
foi no último vôo do Flamengo que o gato mia, Couto.