Gente da Minha terra

É a terra da avó Julieta

Com sonhos de grandeza

Que voará com o som da borboleta,

Outrora é a terra do Samora

Do cão tinhoso que é, diz assim

Ungulane na benção do Don Sungulane.

É a terra do Mondlane

Que queimou com a escandarinha

Na lenha da Paulina Chiziane, dos

Fintabolistas do prédio, nascia nos becos, Eusébio.

Do nascer da terra

Opunha o meu bairro

Aos restantes bairros da Beira,

Ai, nasciam os Urias apelidado de Simangos.

Dos poetas aos pintores

Que constroem vidas em linhas de flores,

Do susurar da capulana, vinha a inspiração

Do Malangatana.

Daquela linda velhinha, que leva ao colo

Uma criancinha, ao son da marrabenta

Dançava do Xigubo do José Craveirinha.

Do fio das missangas que o gato roubou,

foi no último vôo do Flamengo que o gato mia, Couto.

Oliveira Augusto
Enviado por Oliveira Augusto em 02/12/2022
Reeditado em 04/12/2022
Código do texto: T7662953
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