Um papel uma tela na leveza do ser.
Um papel em branco uma tela um teclado,
Na frente de um coração a tempo enlutado.
Pois se deixou mergulhar no mar da tristeza.
Devido aos cravos das paixões sem presteza.
Restando-lhe como amigos o versos rimados,
E suas letras que rimam versos não versados.
E a solitude vertem versos que aquecem a frieza.
E em meio ao luto brotam poesias de rara beleza.
E então o poeta entende e compreende e sente,
Que um papel, um teclado uma tela a sua frente,
Basta para transformar o luto em cara viveza,
Alegrar a tristeza, num ser do não ser em leveza.
(Molivars).