Te ouço calado

Os rumores de tua ausência ecoam-me

Tanto que fico perplexo, de inexato

Ao ouvir-te tão suavizante e solene

Sorvendo todo amor que me é nato.

A minha mente, ainda que distante

Fica assim agonizante, na escuta

De tua existência perene e emitente

Que dos olhos meus se faz de oculta

E assim passo horas a me entreter

Com histórias que invento de você

São sonhos; pois neles sim, a posso ter.

E quando tua presença se faz presente

Calo-me, como pudesse meu silêncio

De eloqüente, te falar de repente