Joãozinho
Joãozinho
Joãozinho vivia olhando ao léu
Ora olhando a terra
Outras vezes olhando o céu.
Como alguém que buscando o mel
Procurava com sua visão,
Romper o véu.
O véu das aparências
Pois não se concentrava
Nas evidências,
Priorizando sempre as essências.
Era como todo adolescente
Um curioso,
Não assumia a atitude de um pomposo,
Pois como todo jovem consciente
Só não queria ficar ocioso.
Nas tardes de sábado
Andava de um jeito plácido,
Era confundido com um sórdido
Por causa de seu olhar frio e mórbido.
Então, voltando a si de súbito
Ficava arrependido,
De ter ido
Caminhar no passeio público.