SERAFIM
Serafim, saiu sorrateiro e silencioso...
subiu a serra sobre o sereno,
saudou me sisudo e seguiu.
Serafim saíra sedo, sem surgir o sol.
Seu semblante sisudo sustou me saber
sobre os sintomas de sua saúde.
Serafim sonhava ser soldado,
servir sua sociedade sempre.
Seria sargento e subiria sucessivamente
sucedendo seus superiores.
Sem saber, sua semelhante sombra
o seguia saltitando sobre as solas
de seus sapatos surrados e sujos.
Saltitava e sapateava o seguindo
sessando sua solitária sorte .
Serafim, aos soluços de dor soprava
seu sonoro silvo em dó sustenido.
Seria a sirene suave da salvação?
Sábio, sabia ser solidário sempre, assim
sabendo sobre o sucedido, perguntei lhe:
- Será esse o nosso fim, Serafim?
- Sim, senhor, sem solução será assim,
o nosso fim.
São José da Varginha (MG), 29 de novembro de 2021.