Noite...
Então a noite cai em calmaria
Os portões trancados,
Janelas em vidros,
O sereno "chuvisca "
embaçando a percepção.
As luzes das casas vizinhas,
ponteiam a rua ladeira a baixo,
e os pontos acesos, se vão até desaparecerem na viela; parecem ser engolidos pelo breu.
Não há lua...
Acho que adormeceu antes do anoitecer, e esqueceu de iluminar
a escuridão.
Não há nuvens , acho que foram acalantar o sono lunar
Na há estrelas , esqueceram de acordar...
Ou se lançaram do céu, e são elas a iluminarem a ladeira, ponteando de luzes a rua do bairro.
O céu parece escuro e enorme...
Eu observo a tudo da varanda
E mergulho num grande abismo de silêncio...
E a imaginação flutua , pairando num vaco infinito...
E em transe hipnótico...
Adormeço, amanheço e revivo ...