Rosas ao vento

Rosas ao vento

Tão puros e inocentes são estes botões que me olham

De rosas quentes fechadas em corações que se desfolham

Escondem encerradas as emoções dos amores e sentimentos que as fustigam

Adornadas de espinhos são dores nas mãos que as castigam

Erguem-se altivas e imponentes por entre as outras flores que as veneram

São coloridas e atractivas para os amantes que docemente as esperam

As pétalas abrem-se subtilmente para um sorriso que é o meu

Que numa vénia me debruço sobre elas e oculto o céu

E o orvalho que sacia a sua sede premente ao raiar das alvoradas

Acaricia a pele nua tecida de fibras numa corrente de frescuras perfumadas

Num toque carente a minha mão macia sente as texturas aveludadas

São ternuras de quem vive em ilusão e fantasia nas pétalas debruadas

Talvez um dia elas sejam entregues pela mão das magias da paixão

Por agora dançam alegres na sua nudez com as ventanias da solidão

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 28/11/2022
Código do texto: T7659992
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