Voo errante

Errante fui e sou cada vez mais

Errei em ir em frente

Erraste absurdamente

Errante fomos nós

Que nos separamos

Na fome louca de um Albatroz.

Meu caminho foi paralelo ao seu

E nada, nunca nos uniu

Erraria, novamente agora

Num horizonte aberto, nessa atmosfera

Evitaria traçar a reta

Que levaria nossas agonias

Em semirreta ou pontos de cruz.

Matei o que de bom havia

Assassinaste meu sonho, Cotovia.

Voaste raso e bateste no monte,

Voei mais alto e tropecei na dor!

Senti profundo a dor doer.

Morreu o Albatroz,

Sumiu a Cotovia!

(1985/ Helena Mahebas)

Helena Mahebas
Enviado por Helena Mahebas em 27/11/2022
Reeditado em 11/04/2023
Código do texto: T7659218
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