Horizonte

As palavras eram como espadas

E as espadas eram leves e afiadas...

Faziam cócegas e furavam,

Alisavam e perfuravam,

Faziam carícias e arranhavam,

Cortavam com ternura!

Numa taça ofereciam cicuta

E na outra o antídoto.

Eram inúmeros os momentos frívolos

E incontáveis os essenciais...

Por isso, para se ter os dias de paz ,

São necessários os dias de guerra!

E, por vezes, uma cratera ,

É menor que um mísero furo.

É preciso pular o muro

Ou tentar atravessar a ponte?

O que há além de horizonte?

O desconhecido assusta ,

Mas ficar imóvel não basta!

É preciso se deixar levar

Pela água que arrasta

E pela incansável busca.

É preciso mais que lutar

Porque a luta tem suas agruras

E nem sempre termina em vitória...

Mas acaba fazendo parte da história,

Pois a vida é feita de doçuras e amarguras

Cujas tintas pintam a parede da memória

E podem ser a doença ou a cura ...

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 27/11/2022
Reeditado em 27/11/2022
Código do texto: T7658986
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