Sem Nome
Então, o seu corpo não é seu
E isso inclui seus seios, seus órgãos genitais
Sua mente e até o seu coração
Só a sua alma é sua
Não dê sua alma a eles
Ainda que eles humilhem você
Batam em você, estuprem você
Nunca seda a sua alma
Porque, no momento em que sua alma ficar exposta
No momento, em que você deixar
O que aconteceu com você
Definir como você vai ser, agir e pensar
Será também, o momento em que você
Entregou a única coisa
Que não pode ser tirada
Não a força
Então, nunca dê a sua alma a eles
Porque no momento em que você der
Não terá mais nada
Sob o chão ensanguentado
Chorava uma menina sem nome
Sentiu o gosto daquele sangue
Invadir seus lábios pálidos
Sedentos e mortos de fome
Mas sorriu, encarando o próprio medo
O silêncio e o desconhecido
Não podiam mata- la outra vez
Uma vez, que ela
Ja havia morrido