CHOQUE CEREBRAL

Irradia de meu crânio tanta cosas

Tantas

Muitas

Aquelas que são guardadas em um vão

Onde nenhuma filosofia é capaz de explicar

Dentro de caixotes que se abrem

E nunca se encontra o que verdadeiramente

Alguém guarda além do caos e a ordem

Além da linguagem irracional

Racional

De um profundo que tem seu começo e fim no nada

E o nada é o seu próprio dizer da realização

Materialização

Imortalização

Ressurreição

Confissão

Vibração que irradia de mente até meus lábios

Tremem

Sentem

Mentem

Tendo uma vida própria com a morte da mente

Falam

Discutem

Calam

Observam

Sentem a sinfonia dos alares

Da expressão abstrata e um tanto que concreta

Do que está por vir

Ou daquilo que nunca virá

Feito um diamante louco que é ofuscado pelo sol

Em busca de um trago alheio

Agindo feito um morto vivo com o choque cerebral

Que tem um final determinado

Sinfonia sem fim

Com fim em si mesmo

E o maestro incediado com todo o sol

Mas, como dizem por aí

O show nunca deve parar