CONTRARIO
O homem é carcereiro de si mesmo
Carrasco de suas alegrias
Prende elo a elo as correntes ao tornozelo
Tranca sonhos em solitárias frias
Enclausura dentro de si seus medos
Num flagelo constante ao passar dos dias.
Esconde estórias...segredos
Se contado fosse , como seria?
Talvez quem sabe, libertado desse degredo
Fosse sua voz , sua alforria
Fosse um agitar de maos dedos
Fosse o rabiscar da poesia...
Se pudesse libertar seus medos
Carrasco de si ele não seria
Destrancaria todos os segredos
Sua alma presa lbertaria ...
É...mas o homem é assim mesmo
Carrasco de suas alegrias ...
Encarcera-se dentro de si mesmo
Mata seus sonhos por asfixia.