Soneto da doação

Soneto da doação

Há quem albergue no coração um recanto imaculado

Se entregue em doação sem olhar para o lado

Leve o esplendor do céu para os olhos marejados de sofrimento

Aconchegue os corpos desnudados com um cobertor de sentimento

Há quem mendigue e ofereça o único pão que tem

Esqueça a a abundância e não seja ninguém

Tenha o sorriso da infância tatuado no peito

Viva num paraíso de recolhimento por si eleito

Há quem seja a voz clamorosa de oprimidos e desanimados

Ore uma prece silenciosa pelos perdidos em pecados

Viva em profundidade a essência do verbo amar

Há quem respire bondade sem evidência de nada para dar

Abrace a felicidade do outro como sendo sua

Só pode ser um poeta, um louco ou qualquer outra alma nua!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 21/11/2022
Código do texto: T7655100
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