De Segunda a Segunda

Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Sexta-feira,

Me esbanjei, me extravasei na gafieira,

Joguei sinuca, joguei truco, joguei bingo.

Depois de tudo, fui dançar um samba-enredo,

Entrei com a cara e a coragem, sem ter medo,

E o meu descanso é só no Sábado e Domingo.

Sou da manhã, da madrugada e da noite,

Beber demais, sambar demais, não é açoite,

É alegria de viver com muita paz.

Falem de mim, mas, não apaguem o meu brilho,

Minha canção é carregada de estribilho,

Só faço coisa que à mim me satisfaz.

Sou um sambista de Segunda a Segunda,

No mar da vida, meu navio não afunda,

Levando a vida, eu sou eu, muito mais eu.

Sou pagodeiro, sou sambista, sou poeta,

Vivendo assim, vou alçando a minha meta,

Das incertezas, o meu peito esqueceu.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 21/11/2022
Código do texto: T7654858
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