De Segunda a Segunda
Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Sexta-feira,
Me esbanjei, me extravasei na gafieira,
Joguei sinuca, joguei truco, joguei bingo.
Depois de tudo, fui dançar um samba-enredo,
Entrei com a cara e a coragem, sem ter medo,
E o meu descanso é só no Sábado e Domingo.
Sou da manhã, da madrugada e da noite,
Beber demais, sambar demais, não é açoite,
É alegria de viver com muita paz.
Falem de mim, mas, não apaguem o meu brilho,
Minha canção é carregada de estribilho,
Só faço coisa que à mim me satisfaz.
Sou um sambista de Segunda a Segunda,
No mar da vida, meu navio não afunda,
Levando a vida, eu sou eu, muito mais eu.
Sou pagodeiro, sou sambista, sou poeta,
Vivendo assim, vou alçando a minha meta,
Das incertezas, o meu peito esqueceu.