Daniely

De repente encontrei/

No teu olhar/

O calor pra aquietar/

O frio da minha solidão/

Pensei você a noite inteira/

Mesmo que não tenha tido a intenção/

Mas não me atrevi ao ato de cortejação/

Porque pode ter sido apenas carência da situação/

Mesmo que não tenha visto/

Em suas mãos/

Qualquer selo de sua submissão/

Não faz de você/

Que talvez nem imagine/

A disposição de uma mera aventura/

Que se aproximou por educação/

No entanto/

Nao posso dizer/

Que ao sentir o teu corpo/

No abraço de despedir/

Não tenha sentido/

Além da ação/

O veneno da sedução/

Que se não cuidado devido/

Envenenará a alma/

Forçando atitude impensada pelo coração/

Que muda o rumo de qualquer razão/

Essa pueril percepção/

Já me diz aos ouvidos/

Já me atiça os sentidos/

Prendendo-me a ilusão/

Que pouco a pouco enlouquece a visão/

Como nesga de uma má interpretação/

A tomar de conta as minhas resistências/

Mas agora me dando conta/

Essa mulher de passos quietos/

E olhar firmes, cativantes/

De alma culta/

Que trás harmonia suave na boca/

Como mel em gota/

Mesmo não sendo cinderela/

Posso vê-la a iluminar/

Qualquer sala de estar/

Não foi difícil notar/

Mas perceber o que você/

Tráz de essencial/

Que é crucial/

Pra existencia de qualquer senhor feudal/