Ah! Felicidade...
Queria tanto conhecer seus poros, suas asas,
quem sabe o seu porão?
Queria tanto passear por suas veias,
becos, rufadas,
quem sabe por suas nervuras?
Queria tanto desfrutar do seu suor,
das suas rebarbas, dos seus ecos,
quem sabe das suas rimas?
Ah! Felicidade...
Onde será que se escondem seus rasgos, asneiras, sustos,
quem sabe a sua pele?
Onde será que aprumam seus encantos, versos,
flores, quem sabe seus tantos tremores?
Onde será que reinam seus choros, gritos, agruras,
gozos e quem sabe suas tantas ciladas?
Ah! Felicidade...
Quando parece fugir, deslumbra.
Quando parece esfacelar, amamenta.
Quando parece debandar, acaricia.
Quando parecer morrer, abençoa.