Um fora da lei
No faroeste do amor,
não manuseio a flecha, não engatilho a pistola;
ausento-me do trescalo da pólvora
no delírio aromático da flor.
Meu rifle se resume num olhar,
que atira palavras em silêncio,
ao puxar o gatilho só quero expressar
o indubitável e mais puro sentimento.
No alvo eu mirei,
na mira, postou-se a donzela,
dentre todas acertei a mais bela
e me fiz um fora da lei.
Em prol do cadente amor
minha luta nunca vai se findar.
A solidão no combate expulsei,
a guarda não hei baixar,
pois na arte de amar, sou um bom fora da lei.