O que é a memória?
Senão, a nossa História, como criaturas, diante do Criador.
Deus nos criou num ato de amor,
Nos deu o livre arbítrio para escolhas, escolher seja o que for.
A vida nos estressa, mas buscamos isso,
E, numa hora incerta, a memória se apaga.
Renega a tudo, a própria humanidade de está no mundo.
Poetisar traz um pouco de memória a minha história de vida,
A História dos meus pais,
Das famílias Gonçalves e Mendes,
Das incertezas que passamos, do além mar que meus pais e tios deixaram.
Da vontade de trabalhar, mesmo ganhando pouco,
Da vontade de ensinar a minha geração, eu e meus primos,
A sermos fortes, mesmo na fraqueza.
E, a ter o Respeito por tudo, e todos,
Essa é a Natureza.
Agora, uma nova geração, e talvez, melhor escrevendo, novas gerações,
Que são tão cheias de mimimis,
E, muitos de nós, se esqueceram da luta diária de nossos pais.
A vida me mostra muitas vezes, como diz minha primogênita:
"O mundo não gira ao meu redor!"
Tenho que sair, e ver que outros apesar dos problemas semelhantes,
São deles, os dilemas, não meus.
A vida é cheia de conexões, e eu aqui, muitas vezes, me vejo ainda no Mito das Cavernas,
E, observo o mundo.
Aprendo com a fala de meus filhos,
E, mesmo assim, criados do mesmo jeito,
Mas, cada qual possui sua personalidade.
Só não posso deixar os demais esquecerem de seu Justino e Dona Albertina, avós maternos,
De seu Emídio e dona Maria Júlia, avós paternos.
As memórias trancadas no peito, de vez em quando desabrocham.
Marejam o olhar, e revivo um passado que não volta mais,
Talvez tivesse sido melhor arquiólaga, do que Química e poetisa.
Mas, mesmo assim, estou aqui, para lembrar aos meus os que nossos ancestrais não muito distantes de nós,
Passaram.
E, agora, hoje ouvindo no Globo Repórter sobre a Memória,
Traço essas linhas, para persistir na vida,
Mesmo com a mente presa num corpo inerte,
Doente.
Mas, resgato, o fato de ser livre, graças a Deus.
E, deixar minha memória voar, como a de Fernão Capelo Gaivota.
E, sentir que estou ainda conectada, com as cunhadas de mamãe e sua irmã Joaquina,
Assim, como a irmã de papai, tia Albertina.
Aos primos, esses vão em seus espaços,
E, no livre arbítrio que Deus nos deu.
Dedico a toda minha família, e é claro, a família Riveiro Castro, que deu origem aos meus descendentes:
Alexia Cristina, Emmanuel e Anna Clara. In memoriam Gabriel 05/11/2001 - gêmeo da Alexia e Aryel - aborto espontâneo em 10/12/1997.
Teka Castro.
SP 19 11 2022