CATÁSTROFE

Velocidade atônita na estrada obscura,

Uma escuridão macambúzia das trevas,

Um silêncio devorador de ferir o espírito

E um frio aterrorizante de eriçar cabelos.

Eis a fotografia de uma rodovia solitária

De uma madrugada macabra, sem chuva.

Um céu sem estrelas, uma lua sem brilho.

Intensas florestas às margens da autopista,

Ventos que uivam sobre a natureza morta,

Um carro imprevidente sobraçando o nada.

De repente no tempo surdo surgem ruídos,

Aguçado estampido... Quebra-se a morbidez

Da noite. O sangue lateja no asfalto gelado

E vísceras se espalham nas veredas funestas

Anunciando que a morte novamente se fez.

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/11/2022
Código do texto: T7652990
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