Eva das ruas
construiu o tempo
com a costela dos dias
os jornais anunciado
toda lágrima
com três ovos batidos
foi seu conto de fadas
no vestido distraído
a vida acumulou
esperou pelo desconto das agruras
dançou com o diabo da noite
vadiou em toda alegria
sorriu aos arrependimentos
com uma tesoura de unha
embrulhou a solidão ao remetente
bebeu a noite
flambada das ruas
chorou como uma viúva
depois, só depois
todo o resto foi frágil