CORREDOR DE HOSPITAL
Corredor
humanos amontoados
é dirigido por uma secretária,
regida por neros e antas de corações
vazios.
Pisa em irmãos
e vomita orgulhos
merdas de egos
inflamados, como deuses do Olimpo
Olhos sangram
A garganta grita,
arranha-se, arrisca
como transeunte cambaleante e sêmen
desconhecido. Entre tantos,
amareladas faces que dividem o
mesmo espaço
demônios e
descartes, mal reconhecem a si mesmas...
Seres de azul e branco, de um céu
sem nuvens, carregam, nas costas,
algumas mortes, suas cicatrizes,
a paciência à míngua e algumas
culpas. Entre vírus e víboras raivosas,
esperam, ajoelhados pelos rodapés,
por um milagre e rezam pelas próximas
horas e dias