Ódio Disfarçado
Escondido, perdido eu hesito
A viver no ódio que me consome
Naquele estranho sentimento esquecido
Odeio a todos sem citar nomes
Das cinzas maculadas que não cicatriza
Do remorso de quem a mente não esquece
Nenhum o passar dos anos ameniza
O despertar da fúria que não desaparece
E no canto remoto eu o sufoco
O prendo dentro de uma insensatez
Sentimentos tenebrosos eu os afogos
E não os tragos para o mundo da lucidez
E em meio aos outros finjo o impensável
Que a bondade é minha verdadeira face
A aqueles sentimentos nobres intragável
Penso comigo: “não seja, apenas disfarce”
Davi Freitas - 16/11/2022