JARDIM DAS CRUZES (Só assim nos tornamos iguais)

A triste sina

A vida ensina .

Os que andam descalço

Dormem na calçada

O cheiro da fome

Consome.

O cardápio do dia

É a mesma desgraça

Rostos sem graça.

Sufocando o destino,

Pobres almas em desatino.

As portas do jardim das cruzes

Se abrem e sugam;

A fome

A desgraça

A vida sem graça.

Um novo lar, sem divisões.

Crianças, jovens, adultos, velhos

Moreno, branco, negro, pardo, mestiço.

Todos agora vivem juntos.

Só assim nos tornamos

Iguais.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 04/12/2007
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